extrait sonore n°2, canto ao despique de l’Alentejo, in Maria José Barriga, 2003, Cante ao baldão. Uma prática de desafio no Alentejo, avec CD, Lisbonne, Ed. Colibri.

A. Nesta terra se cantou
e aqui há tempo passado
olhe jà pouco se cantam
que a tradição quase se acabou
e aqui há tempo passado
nesta terra se cantou
A. Dans cette terre, on a chanté
ici, dans le passé
Oh maintenant on ne chante presque plus
maintenant que la tradition n’est plus
ici, dans le passé
Dans cette terre, on a chanté

B. Há tanto tempo que eu cantou
nunca fui outrepassado
tem passado pelas areias
tem passeado pelo campo
nunca fui outrepassado
e há tanto tempo que eu canto
B. il y a longtemps que je chante
et jamais je n’ai été dépassé
à passer par les sentiers,
à se promener dans les prés,
jamais je n’ai été dépassé
et il y a longtemps que je chante

A. Toda a vida tenho vivido
nunca soube cantar um fado
Adeus aldeãos de Castro
Eu nunca tenho morrido
Nunca soube cantar um fado
Toda a vida que tenho vivido
A.Toute cette vie que j’ai vécu
jamais je n’ai su chanté un fado,
Adieu habitants de Castro
je ne serai jamais mort
jamais je n’ai su chanté un fado,
toute cette vie que j’ai vécu

Traduction libre de F.W